sexta-feira, 30 de setembro de 2011

13o. Aniversário do PROJETO NOSSO SAMBA de Osasco

 
Gente boa gente do samba, agregados e simpatizantes,

os integrantes do Movimento Cultural PROJETO NOSSO SAMBA de Osasco, convidamos a todos(as) a participar da Festa de Celebração do nosso 13o. ANIVERSÁRIO. Na oportunidade estarão conosco, batendo tambor, a rapaziada do COLETIVO RODA GIGANTE, a rapaziada do PROJETO SAMBA NO BECO da Vila Prudente e a rapaziada do SAMBA NA FEIRA da Vila Santa Maria. Vai ser uma gira da pesada, numa tarde-noite que o chão, decerto, vai tremer. Contamos com a sua presença!

Quando: domingo, 16 de outubro · 17:00

Onde: CASA DE ANGOLA - Av. Visc. de Nova Granada, 513, bairro KM 18, Osasco, SP.

Abraços e...

Saudações sambísticas!!!

PNS

http://projetonossosamba.blogspot.com/

http://projetonossosamba.blogspot.com/search/label/Onde

PORQUE VOCÊ COMPÕE? ou PORQUE COMPOR? - Desafio do BUTIQUIM DO PNS outubro de 2011

Salve! Salve! Salve, Gente boa gente do samba!


Três vezes salve e, desde já, sinta-se convidada, convocada, intimada a participar do último Desafio do BUTIQUIM DO PNS deste 2011. E para os compositores(as), o TEMA já definido é: PORQUE VOCÊ COMPÕE? ou PORQUE COMPOR? E estejam, com suas canetas bailarinas, livres para discorrerem do modo que quiser sobre suas motivações para criação musical – o mote proposto pode ou não constar na obra, é facultativo.


Essa derradeira edição do BUTIQUIM, no ano corrente, ocorrerá no já bem próximo domingo, dia 30.10.2011, e o prazo de entrega das obras musicais é quarta-feira, dia 26.10.2011, letra e áudio. É isso por hora.


Abraços e...


Saudações sambísticas!!!

domingo, 11 de setembro de 2011

Neste domingo 11 de setembro tem Butuquim do Projeto Nosso Samba

SAMBA DE RODA - ATUALIDADE  
Apresentação  
O movimento cultural projeto nosso samba de Osasco, fundado em 28 de setembro de 1998, caracteriza-se por um agrupamento comunitário de sambistas que se reúne quinzenalmente para manter a tradição do samba e partilhar composições próprias, sambas consagrados, poesias e reflexões sobre história e cultura, principalmente no que diz respeito às questões do negro brasileiro. 
A frase acima negritada carrega o espírito que vem desde os primórdios da iniciativa e que está presente neste Butiquim, atividade embrionária do PNS e que hoje ainda é das mais caras ao Movimento.
Gente boa gente do Samba e simpatizantes, desta vez o DESAFIO DO BUTIQUIM DO PNS foi compor um SAMBA DE RODA cujo tema é ATUALIDADE(S). Foram fornecidas umas poucas referências como subsídios, a fim de que os partícipes da jornada atentassem para a riqueza e diversidade dessa variante do Samba e, consequentemente, para a gama de possibilidades a experimentar na criação. 
Objetivou-se que as composições trouxessem em seu bojo, indicativos de que as letras tratam do período presente. A idéia é que, caso a letra seja lida daqui a dez anos ou mais, se possa identificar de que se tratava do período que vivemos atualmente.
A idéia, como é de praxe, é que os compositores sintam-se desafiados, pesquisem, investiguem e, ao final do processo, apresentem sua obra e discorram sobre a empreitada.
O próximo Butiquim será dia: 30/10/11 e o Desafio será apresentado em breve.
Por enquanto é isso!
Abraços e Saudações Sambísticas!!!
SAMBA DE RODA
Se o samba tem uma alma, uma coisa se pode dizer dela: é redonda. A Roda de Samba antecede o samba e é sua matriz física. Não foi o samba que criou a roda, mas o contrário. (Mais...)
 A seguir, a lista das obras apresentadas pelos compositores participantes dessa edição de nosso desafio:
01. O SOPRO SOLANO DE IANSAN (SELITO SD)
02. A COISA “TÁ RUSSA” (PAULINHO PONTES)
03. CAVALO DE TRÓIA (CAIO PRADO)
04. ATE QUANDO (CALIL PRADO)
05. CHEGA LÁ (FÁBIO GOULART) 
06. O DONO DA BOLA ( CAIO PRADO)
07. O GRITO DE UM POVO (THIAGO MONTEIRO / RENATO FONTES / MARCEL MUCCI)
   
08. GOVERNABILIDADE (FÁBIO GOULART)
09. CANDOMBE (SELITO SD)
10. SAMBA AUTENTICO  (CALIL PRADO)
11. E O NOSSO LEVANTE? (CHICO CROZERA)

"não, não basta ter inspiração. não basta fazer uma linda canção. pra cantar samba é preciso muito mais!"  (Candeia)

O artista popular Selinho Tambureco e seu poema cantado

Coisas lá do Maranhão (Selinho Tambureco)

Como é que pode meu Zeus?
Meu bom Zeus como é que pode?
Abandonar filhos teus
Sob o poder do Bigode

Que é o próprio Cramunhão
Cabra safado da peste
Faz inferno do estadão
Lá do norte do nordeste

Meu bom Genésio acode
Coisa que não fez seu pai
Dá um fim no velho bode
Doutro jeito ele não sai

Que o danado morto caia
Vazado pela zagaia


Selinho Tambureco - Calangueiro, Congadeiro, Coqueiro, Macumbeiro, Partideiro, Poeta Popular, Repentista, Sambista. É um híbrido da cultura negra e popular. Graduado e titulado (Notório Saber) na escola da vida. e colaborador do Coletivo Zagaia.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

O DESAFIO DO BUTIQUIM DO PNS ESTÁ LANÇADO


Gente boa gente do Samba e simpatizantes, o próximo DESAFIO DO BUTIQUIM DO PNS será dia: 11/09/2011. O Desafio será compor um SAMBA DE RODA cujo tema é ATUALIDADE(S). Serão fornecidos, em breve, mais e melhores subsídios, a fim de que os partícipes da jornada atentem para a riqueza e diversidade dessa variante do Samba e, consequentemente, para a gama de possibilidades que poderão experimentar na criação. 


As composições deverão trazer em seu bojo, indicativos que permitam identificar que a letra trata do período presente. A idéia é que, caso a letra seja lida daqui a dez anos ou mais, se possa identificar de que se tratava do período que vivemos atualmente. Tal identificação poderá ser dada por diversas formas, a exemplo: datas, nomes de pessoas, acontecimentos etc etc etc, a critério de cada um.



O prazo para a entrega das composições (letra e áudio) é:
05/09/2011


Abaixo segue breve texto fornecido pelo Marcelo Abruzzini (PNS)  e,  futuramente, mais dados serão fornecidos. 

Abraço e...

Saudações Sambísticas!!!

SAMBA DE RODA
Se o samba tem uma alma, uma coisa se pode dizer dela: é redonda. A Roda de Samba antecede o samba e é sua matriz física. Não foi o samba que criou a roda, mas o contrário. Ao longo de sua existência, o Samba incorporou instrumentos, alterou formas e harmonias, criou novos estilos e sofreu uma série de outras modificações. Mas a Roda permaneceu. O pesquisador Roberto Moura, em 2004, escreveu um livro sobre a Roda de Samba (No Princípio, era a roda: um estudo sobre samba, partido alto e outros pagodes. Editora Rocco, Rio de Janeiro, 2004), em que ele diz que seu código se funda na família, na amizade, na lealdade, na pessoa e no compadrio. A Roda é, portanto, um ambiente pessoal e coletivo. A música que soa na Roda é produzida verdadeiramente em conjunto

A Roda instaura um ambiente musical que não separa música e vida, lazer e produção, convertendo-se em mais do que apenas um evento musical, mas uma opção política, um modo de vida, que inclui desde círculos de amizade até vestimentas, comidas, bebidas, gestos, discursos, expressões, entre outros. Em outras palavras, a Roda instaura uma comunidade de pessoas em redor da música. A Roda é, também, uma opção política, pois esse rico ambiente musical oferece a seus componentes a possibilidade de adotar uma postura perante a vida, a comunidade, a cidade, a música, a nação. Muitos músicos realizam essa entrega total à música, de modo que o Samba se torna sua principal marca identitária.

Por isso, a Roda é tão louvada entre sambistas. É nela que o samba é criado e recriado, é nela que os conhecimentos ancestrais são transmitidos às novas gerações para que elas possam dar continuidade à tradição. É a Roda, informal, alegre, dos amigos, da comida, da cerveja e da cachaça, o templo sagrado do samba, onde as melodias se entoam em feitio de oração. Esse disco de hoje, produzido por Durval Ferreira, conseguiu imprimir, no acetato, o ambiente esfuziante de uma roda de samba. Ele reuniu nomes pouco conhecidos, porém fortemente ligados ao samba, e, por isso, o disco tem qualidade impressionante, e está cheio de excelentes sambas. Há, na contracapa, pequenas biografias dos sambistas que participaram do LP. Destaco Desafio, samba de L. Américo, B. de Castro e C. de Lima. 

Outro disco produzido por Durval Ferreira tem a mesma pegada, e está disponível no blog Vinil Livre. Aproveitem a oportunidade e se deixem invadir pela alegria contagiante da Roda de Samba.


               Lado A

1-Água boa é no meu poço (Chico Bondade – Paulo Sereno) canta: Chico Bondade
2-Samba do trabalhador (Darcy da Mangueira) canta: Darcy da Mangueira
3-Boa noite (Aparecida) canta: Aparecida
4-Não tem veneno (Candeia – Wilson Moreira) canta: Sabrina
5-Venho de Longe (Rubens Mathias – Valdir Mathias) canta: Rubens Mathias
6-Desafio (L. Américo – B. de Castro – C. de Lima) canta:Ary Araújo

Lado B

1-Cantei a noite (Sidney da Conceição) canta: Sidney da Conceição
2-Sá Dona (Giovana) canta: Sabrina
3-Samba do tatu (L. Wanderley – R. Evangelista) canta:Luiz Wanderley
4-Madeira de Jequitibá (Rubens – Romildo da Portela) canta:Rubão
5-Não é mole (Pedro Paulo – Puruca) canta: Pedro Paulo
6-O couro come (L. Wanderley) canta: Luiz Wanderley

quinta-feira, 21 de julho de 2011

CANCELADO O EVENTOTRADICIONAL FEIJOADA DO PROJETO NOSSO SAMBA

Fonte da imagem: http://1.bp.blogspot.com/

Gente boa gente do samba e simpatizantes!

O Movimento Cultural PROJETO NOSSO SAMBA de Oasco informa que, infelizmente, por motivo de força maior foi CANCELADO o evento TRADICIONAL FEIJOADA DO PNS, agendado para o domingo, 07 de agosto de 2011.

Na ocasião haverá a Tradicional Roda de Samba (canto e fala) do PNS, a partir das 16h00 e para a qual contamos com a sua presença!

Desde já nos penitenciamos e agradecemos por sua compreensão...

Saudações Sambísticas!!!

PNS

domingo, 17 de julho de 2011

NESTE JULHO DE 2011 OCORREU MAIS UM DESAFIO DO BUTIQUIM DO PNS

Neste julho de 2011, mais precisamente dia 03, ocorreu mais uma edição do Desafio do Butiquim do PNS, cujo tema foi (mais ou menos) livre. Isso porque desta vez a tarefa foi apresentar um SAMBA-CANÇÃO que contivesse a frase: "Hoje sou eu, amanhã será voce". E com o intuito de minimamente municiar os compositores partícipes deste episódio, foi divulgado o texto abaixo, um excerto do portal Wikipédia, e também, como de praxe, incentivamos os mesmos a beberem de outras mais fontes.
A idéia, como sempre, é que os compositores sintam-se desafiados, pesquisem, investiguem e, ao final do processo, apresentem sua obra e discorram sobre a empreitada. E a fim de contribuir com os parttícipes da última jornada fornecemos os seguintes informes:
Samba-canção é um gênero musical, uma derivação do samba, surgido no final da década de 1920 no seio da dita modernização do samba urbano do Rio de Janeiro, em seu processo de distanciamento do maxixe.
Em linhas gerais, o samba-canção pauta-se por uma elaboração na melodia um andamento moderado (compasso mais lento), centrado em temáticas de amor, solidão e na chamada "dor-de-cotovelo". O samba-canção, diz-se, foi desenvolvido a partir de músicos profissionais que se apresentavam nos teatros de revista cariocas. "Linda Flor (Ai, Ioiô)", do compositor Henrique Vogeler e dos letristas Marques Porto e Luís Peixoto, é considerado o marco inaugural desse estilo de música.
O samba-canção teve seu apogeu nas décadas de 1940 e 1950. Entre os muitos intérpretes, destacaram-se nesse estilo, Jamelão e Elizeth Cardoso, que gravaram canções de Lupicínio Rodrigues.[5] Dentre os grandes compositores destacaram-se Cartola ("As rosas não falam"), Nelson Cavaquinho ("A flor e o espinho", com Guilherme de Brito), Ataulfo Alves ("Boêmios") e Noel Rosa ("Pra que mentir").
Com o advento da tal de Bossa Nova, já no final da década de 1950, o samba-canção acaba perdendo espaço dentro indústria da música brasileira, todavia mantendo um vasto e rico acervo de obras em permanente processo de regravações.

Para saber um pouco mais acesse os links abaixo:



A seguir, letras das obras apresentadas pelos compositores participantes dessa edição de nosso desafio:


1. MARUJO SEM NAVIO
(PAULINHO VIEIRA)
ARRANJOS: ODAIR JOSÉ / SIDNEI KISSUCO

O MEU AMOR PARTIU
ME DEIXOU NA SOLIDÃO
SOU UM MARUJO SEM NAVIO
ESTRELA SEM CONSTELAÇÃO 
ESTOU A DERIVA EM ALTO MAR
PERDIDO NESSA IMENSIDÃO
EU DEIXO A ONDA ME LEVAR
PARA ACALMAR
MEU CORAÇÃO
ESCUTE O QUE VOU LIDIZER COM MUITA ATENÇÃO
ABRA BEM OS OUVIDOS POIS VOU LHE FALAR
HOJE SOU EU
AMANHÃ SERÁ VOCE  NESTE  LUGAR


2. Sem contrapartida
(selito sd)

Demais sofri por aquela
Paixão não correspondida
Que conturbou minha vida
Sem nem sequer me dar trela

Drama de telenovela
Amor sem contrapartida
Dói de forma desmedida
Mais que um bico na canela

Fiz o que pude fazer
Tudo o que me ocorreu
E não me fiz perceber

Tampouco ouviu-me dizer
Sofrendo: hoje sou eu,
Amanhã será você

3. RÉU CONFESSO 
(PAULINHO PONTES)

QUANTAS VEZES ERREI
FUI INGRATO E CONFESSO
BEM SEI QUE MAGOEI
QUEM POR MIM TINHA APREÇO
JÁ CAUSEI TANTAS DORES
TANTA DECEPÇÃO
FUI MOTIVO DE LÁGRIMA
SE DERRAMAR PELO CHÃO
MAS DIANTE DA CRUZ
ME LANÇEI AOS SEUS PÉS
DESNUDEI A MINH´ALMA
IMPLOREI POR PERDÃO
E DE BRAÇOS ABERTOS
ELE ACOLHE
QUEM SE ARREPENDER...
POIS HOJE SOU EU,
AMANHÃ SERÁ VOCÊ...


4. MINHA JUVENTUDE
(CAIO PRADO)

FOI EM MINHA JUVENTUDE
EU, NÃO IMAGINARIA
DEUS,  ME FEZ TE CONHECER
E AS COISAS QUE VOCÊ DIZIA
SÓ HOJE EU CONSIGO ENTENDER
FOI DEMAIS PARA MIM
UM JOVEM NAS GARRAS DO MUNDO
CHEIO DE INCOMPREENSÃO
DEBATI, INDAGUEI
DE COISAS QUE EU NÃO ENTENDIA
E NÃO PROCURAVA SABER
MAS EU ME LEMBRO ATÉ HOJE
DA FRASE QUE VEIO A DIZER
HOJE SOU EU, AMANHÃ SERA VOCÊ

5. SEM TÍTULO
(SELITO SD)

FINAL DE CONVERSA, FONE DESLIGADO
MAS A SUA DOCE VOZ AINDA ESCUTO
E JÁ É PASSADO O NONO MINUTO
E NO APARELHO O MEU OLHAR VIDRADO

O METABOLISMO TODO ACELERADO
O MEU SER É O CAOS TOTAL E ABSOLUTO
E BEM INTERNAMENTE LUTO E RELUTO
POIS QUERO MEU QUERER POR MIM CONTROLADO

MAS QUERO E NÃO POSSO, QUEM DERA PUDESSE
DIRIA, SE ORGULHO, SE BRIO TIVESSE:
HOJE SOU EU, AMANHÃ SERÁ VOCÊ

SENSATO SERIA, SENSATEZ TIVESSE
QUIÇÁ POR RAZÃO SÓ, SEM REZA, SEM PRECE
DEIXASSE EU DESSA SORTE ESTAR A MERCÊ 

6. Esmola
(fábio goulart)

Peço que a sua atenção venha a minha procura,
E num momento de ternura você possa pelo menos me escutar.
Olhe em minha direção e me veja nos cantos, pelos flancos,
Nos faróis: as calçadas são meu lar.

Comoção e atitude: é disso que eu preciso,
E não somente seu sorriso, sua moeda e seu olhar de piedade.
Quero dignidade, o que você não tem,
A esmola lhe faz muito bem, faz pensar que é caridade.

Eu só queria brincar, comer, poder ser criança,
Crescer, envelhecer, mas meu futuro não tem esperança.
Entenda que o destino pode a sorte inverter,
E a vítima que hoje sou eu, amanhã será você.

7. Caminho certo 
(CALIL PRADO)

Tentei cantar com tristeza 
Mas foi difícil não sei mentir
Meu peito transborda alegria
É só alegria, eu vivo a sorrir
Lágrima não há de cair
Nesse rosto enxuto não há
Caminhos para percorrer
Magoa está bem distante de mim
Quem planta o bem colhera a bondade
A vida é assim

Hoje sou eu, amanhã será você
Siga meus passos que ai poderá aprender
Um coração partido não irá se restaurar 
Partindo outros corações para se vingar
Assim não há condições De viver em paz
Colhemos oque plantamos 
E a vida nos trás 
Consequências logicas 
Concretas do nosso viver
Hoje sou eu amanha será você
Feliz

8. TEMPO
(THIAGO B. MENDONÇA / SELITO SD)

HOJE
CHORO A VAIDADE FERIDA
OS DIAS PASSARAM E EU FIQUEI
PRESO NO TEMPO

E O VENTO
QUE LEVA A MOCIDADE
TRAZ SÓ MALDADE
OS CHEIROS DE OUTRO MOMENTO

NÃO CONSOLA SABER
QUE TUDO UM DIA SE DESFAZ
HOJE SOU EU, AMANHÃ SERÁ VOCÊ
TUDO PASSA DO GRÃO AO PÓ

SÓ QUERIA QUE NÃO FOSSE ASSIM TÃO FUGAZ
SÓ QUERIA QUE POSSÍVEL FOSSE TER MAIS...
TEMPO
E EU NELE LIBERTO...

9. BOM PROCEDER
(CAIO PRADO)

Dá-me ouvidos filho meu
Para aprender guardar a lei
Pois do amanhã só Deus não sei
O que pode nos esperar
Mas se a justiça praticar
E andar conforme te ensinei
Bem certo se alegrará
Ao conquistar favor do Rei
É o fim dos dias
Retenha tudo
Que há de bom no coração
Hoje sou eu
amanhã será você
A ensinar teus filhos
O bom proceder


10. DELICIOSA SAUDADE
(SAMUEL QUEIROZ)


QUE QUER ESQUECER-ME EU JÁ SEI
SE É ISSO MESMO QUE SENTE...
EU ATÉ ADMITO,
MAS DOS SAMBAS QUE LHE DEDIQUEI
SINCERAMENTE... NÃO ACREDITO.


QUEM PERDE SE O AMOR MORREU?
QUEM SOFRE SE ELE NÃO RENASCER?
AO CERTO... HOJE SOU EU,
AMANHÃ SERÁ VOCÊ...



QUANDO A SOLIDÃO VIER COBRAR
E NÃO TIVER COMO PAGAR
PELO SENTIMENTO QUE AINDA TEM;
ABRACE A DELICIOSA SAUDADE,
SE AGARRE À LEMBRANÇA QUE INVADE
O CORAÇÃO E VAI ALÉM;
NÃO SE ENVERGONHE DE CANTAR,
MUITO MENOS DE CHORAR,
É ASSIM QUE EU FAÇO TAMBÉM...


Por enquanto é só!


Abraços e Saudações Sambísticas!!! 

"NÃO, NÃO BASTA TER INSPIRAÇÃO. NÃO BASTA FAZER UMA LINDA CANÇÃO. PRA CANTAR SAMBA É PRECISO MUITO MAIS!"  (CANDEIA)

segunda-feira, 13 de junho de 2011

DESAFIO DO BUTIQUIM DO PNS

Gente boa gente, compositores e a quem interessar possa!

Está lançado mais um DESAFIO DO BUTIQUIM DO PROJETO NOSSO SAMBA. E desta vez a tarefa é apresentar um SAMBA-CANÇÃO que contenha a frase: "Hoje sou eu, amanhã será voce". Abaixo segue um breve explanação sobre o gênero musical em questão. A idéia, como sempre, é que os compositores pesquisem investiguem sintam-se desafiados e, ao final do processo, apresente a obra e discorra sobre a empreitada.

Por hora é isso!
Próximo Butiquim será dia: 03/07/11
Obs: O prazo de entrega das composições, letra e áudio, é 29/06/11
Abraços e Saudações Sambísticas!!!

SAMBA-CANÇÃO
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 
Samba-canção é um gênero musical, uma derivação do samba, surgido no final da década de 1920 no seio da dita modernização do samba urbano do Rio de Janeiro, em seu processo de distanciamento do maxixe.[1]

Em linhas gerais, o samba-canção pauta-se por uma elaboração na melodia um andamento moderado (compasso mais lento), centrado em temáticas de amor, solidão e na chamada "dor-de-cotovelo".[3][4] O samba-canção, diz-se, foi desenvolvido a partir de músicos profissionais que se apresentavam nos teatros de revista cariocas. "Linda Flor (Ai, Ioiô)", do compositor Henrique Vogeler e dos letristas Marques Porto e Luís Peixoto, é considerado o marco inaugural desse estilo de música.[3]
O samba-canção teve seu apogeu nas décadas de 1940 e 1950.[5] Entre os muitos intérpretes, destacaram-se nesse estilo, Jamelão e Elizeth Cardoso, que gravaram canções de Lupicínio Rodrigues.[5] Dentre os grandes compositores destacaram-se Cartola ("As rosas não falam"), Nelson Cavaquinho ("A flor e o espinho", com Guilherme de Brito), Ataulfo Alves ("Boêmios") e Noel Rosa ("Pra que mentir").[2]

Com o advento da tal de Bossa Nova, já no final da década de 1950, o samba-canção acaba perdendo espaço dentro indústria da música brasileira, todavia mantendo um vasto e rico acervo de obras em permanente processo de regravações.[5]

Para saber um pouco mais acesse os links abaixo:

terça-feira, 17 de maio de 2011

SAMBA EM REDONDILHA MAIOR (OU MENOR)


E aconteceu no último domingo, 15 de maio, mais uma edição do Butiquim do PNS. Desta feita o desafio foi encarado de maneira mais aguerrida que as anteriores por aqueles não se deixaram abater pelas dificuldades.

O Projeto Nosso Samba reconhece que o Desafio do Butiquim, compor um samba em redondilhamaior (ou menor), teve desta feita o melhor dentre os melhores resultado, desde que as atividades do Butiquim, voltadas especificamente, às composições foram retomadas. Com o objetivo de provocar, instigar aos compositores a pensar e explanar sobre seus processos criativos: o que os motiva, o porque dessa ou aquela temática e quais as estratégias e métodos utilizados no desenvolvimento de suas letras e músicas, o que se busca é a desalienação do trabalho de compositor popular tido como intuitivo espontâneo e irreflexo. Isso por conta da comparação de suas obras com as daqueles tidos como autores-compositores intelectualizados, pensantes... advindos das classes obesas, das classes dos letrados e ou bem nascidos e por aí vai...

No Butiquim o que se quer é mostrar que tanto ali quanto aqui o que se produz resulta de trabalho intelectual – coisa pensada. Ainda que o de uns tenha sido um trabalho inconsciente(?). A idéia é fazer com que aqueles que participam dos desafios possam se apropriar das idéias conceituais utilizadas pelos letradose perceberem que o bicho não é tão ou nada feio. É uma questão de se fazer despertar para algo que até já se sabe, mas que não se sabe que se sabe. Se é que me faço entender.

E a mui chuvosa e fria tarde do domingo p. p. foi, definitivamente, de arrepiar. Apresentaram-se belas letras e melodias ricas em diversidade: do maxixado samba de Paulinho Pontes à pegada marcadamente paulistana do samba de Renato, Thiago e Marcel.

As obras apresentados foram:

1. Doce rotina (fábio goulart)

2. A culpa é do manda chuva (selito sd)

3. À sombra (renato fontes/thiago monteiro/marcel mucci)

4. Pés lavados (caio prado)

5. Pode ser a última (caio prado)

6. sem título (Título provisório) (marcelo benedito/fábio goulart/selito sd)

7. Isso sim, é que é bom  (paulinho pontes)

8.  sem título (calil prado) 


O Projeto Nosso Samba reverencia e agradece aos compositores que brilhantemente participaram de de da Desafio do Butiquim!

Saudações Sambísticas!!!

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Desafio do Butiquim do PNS - Samba em redondilha maior (e ou menor)!



Gente boa gente, salve salve! Cabe informar, principalmente aos compositores, que está lançado o Desafio do Butiquim do PNS para o encontro de 15 de maio de 2011. O tema desta feita é livre, mas as composições, obrigatoriamente, devem ser escritas na forma poética clássica denominada REDONDILHA.

Calma, calma. Não se assustem. Não se trata, pois, de algo absurdamente desconhecido. Ao contrário, mais próximo do que se possa imaginar. Trata-se de poema que quando composto de versos de cinco sílabas dá-se o nome de redondilha menor e aos de sete sílabas, de redondilha maior.

A redondilha foi muito utilizada pelos poetas do Cancioneiro Geral, publicado inicialmente em 1516, uma colecção de poemas reunida pelo escritor eborense Garcia de Resende que inclui obras dos séculos XV e XVI. Os poemas, escritos em sua maioria em português mas também em castelhano, versam sobre os mais variados temas. É o principal repositório de poesia portuguesa da época. A redondilha foi bastante utilizada pelos poetas do Cancioneiro Geral e por Camões.

No cancioneiro popular, a redondilha faz-se presente no repente, no coco, moda de viola, etc. A seguir, algumas das muitas canções escritas sob esta forma poética:


1. SEM COMPROMISSO
(Geraldo Pereira e Nelson Trigueiro)

Você só dança com ele
E diz que é sem compromisso
É bom acabar com isso
Não sou nenhum Pai-João
Quem trouxe você fui eu
Não faça papel de louca
Prá não haver bate-boca
Dentro do salão

Quando toca um samba
E eu lhe tiro pra dançar
Você me diz: Não,
Eu agora tenho par
E sai dançando com ele,
Alegre e feliz
Quando pára o samba
Bate palma e pede bis

Aqui, samba sincopado, separamos a letra em duas estrofes e a estruturamos de modo a evidenciar que metricamente os versos são heptassilábicos e pentassílabos (de sete e cinco sílabas). Quanto à intencionalidade do autor... (???)

2. DOCE NA FEIRA
(Jair do Cavaquinho e Altair Costa)

Olha doce ioiô, olha doce iaiá

Vendendo doce na feira (ai, ai, ai)
Eu vi aquela cabocla (ai, ai, ai)
Que há tempos lá na Portela (ai, ai, ai)
Andava de boca em boca

Fez sofrer seus companheiros (ai, ai, ai)
Com as infiéis conquistas (ai, ai, ai)
Tanto fez, que tanto fez
Que acabou se apaixonando
Por um volúvel sambista

Assim que eu vi a cabocla (ai, ai, ai)
Minha voz emudeceu (hum, hum, hum)
Tinha no peito um retrato (ai, ai, ai)
E o retrato era eu

Era eu, era eu, era eu, era eu

Olha doce ioiô, olha doce iaiá
E assim ela dizia
E assim ela dizia

Aqui, samba maxixado, há a predominância dos versos heptassilábico (de sete sílabas). Se intencionalmente ou não... (???)


3. CORAÇÃO DE LUTO
(Teixeirinha)

O maior golpe do mundo
Que eu tive na minha vida
Foi quando com nove anos
Perdi minha mãe querida
Morreu queimada no fogo
Morte triste dolorida
Que fez a minha mãezinha
Dar o adeus da despedida

Vinha vindo da escola
Quando de longe avistei
O rancho que nós morava
Cheio de gente encontrei
Antes que alguém me dissesse
Eu logo imaginei
Que o caso era de morte
Da mãezinha que eu amei

Seguiu num carro de boi
Aquele preto caixão
Ao lado eu ia chorando
A triste separação
Ao chegar no campo santo
Foi maior a exclamação
Cobriram com terra fria
Minha mãe do coração

Dali eu saí chorando
Por mãos de estranhos levado
Mas não levou nem dois meses
No mundo fui atirado
Com a morte da minha mãe
Fiquei desorientado
Com nove anos apenas
Por este mundo jogado

Passei fome, passei frio
Por este mundo perdido
Quando mamãe era viva
Me disse filho querido
Prá não roubar, não matar
Não ferir, sem ser ferido
Descanse em paz minha mãe
Que eu cumprirei seu pedido

O que me resta na mente
Minha mãezinha é teu vulto
Recebas uma oração
Deste filho que é teu fruto
Que dentro do peito traz
Este sentimento oculto
Desde nove anos tenho
O meu coração de luto

Aqui, sertaneja (?), é interessante atentar para a estrutura em seis oitavas (estrofes de oito versos) heptassilábica (versos de sete sílabas). Aqui os indícios de intencionalidade são muito fortes.


BAIÃO
(Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira)

Eu vou mostrar prá vocês
Como se dança o baião
Quem quiser aprender
Favor prestar atenção

Morena chegue prá cá
Bem junto ao meu coração
Agora é só me seguir
Que eu vou dançar um baião

Eu já dancei balancê
Chamego, samba e xerém
Mas o baião tem um que
Que as outras danças não tem

Quem quiser é só dizer
Pois eu com satisfação
Danço cantando baião

Eu já dancei no Pará
Toquei sanfona em Belém
Cantei lá no Ceará
E sei o que me convém

Quem quiser é só dizer
Pois eu com satisfação
Danço cantando baião

Aqui, baião clássico, adaptamos dois versos a fim de torná-los mais marcadamente heptassílabo (de sete sílabas) como os demais.


Segundo o portal Snvoong.com[1], a palavra redondilha, de origem espanhola, acabou por se fundir no Português no século XVI. Tomou o significado mais lato (geral) de estância em verso curto , mesmo sendo que o número de versos e a disposição das rimas não eram tão curtas assim. As formas que mais se fixaram foram a heptassilábica (7 sílabas métricas) e a pentassilábica (5 sílabas métricas). Nessa altura, século XVI, apenas se conheciam as tais duas formas de redondilha (ou medida velha ) que divergia da estrofe lírica ou heróica em decassílabo, típica de Itália. Para diferenciar as duas formas de redondilha, atribuiu-se o nome de redondilha perfeita ou arte maior à mais longa (heptassilábica) e de redondilha menor ou arte menor à mais curta (pentassilábica). Um exemplo de redondilha são alguns poemas líricos de Camões, constituídos por um mote e pelas voltas.

De acordo com a Wikipédia[2], a redondilha passa a ser assim denominada a partir do século XVI, o que nos remete ao período das grandes navegações e a consequente Expansão Ibérica. Daí que em se tratando o Brasil um país de colonização portuguesa, catequisado por missões jesuíticas, pode-se perfeitamente inferir que as mesmas utilizaram-se da forma poética redondilha em seu processo de catequização. De outro modo, o que mais explicaria que no cancioneiro brasileiro tal estrutura se faça presente de modo tão marcante, conforme os conhecidíssimos exemplos supra citados.

E para fornecer maiores subsídios para aqueles que forem participar do Desafio do próximo BUTIQUIM do PNS, segue o link do portal Recanto das Letras onde possui didáticos exemplos sobre a forma poética redondilha:


O convite/desafio está feito. Contamos com sua participação!

Saudações Sambísticas!!!




[1] http://pt.shvoong.com/books/500655-redondilha/
[2] http://pt.wikipedia.org/wiki/Redondilha