Samba de caráter pomposo e grandioso, com letra patriótico-ufanista e com arranjo orquestral pomposo. O protótipo do gênero é Aquarela do Brasil, de Ary Barroso, gravado pela primeira vez na voz de Francisco Alves. No auge do Estado Novo, esses sambas eram, em geral, feitos sob inspiração do órgão de propaganda do governo e lançados no teatro de revista, para exaltar as virtudes da terra e do povo brasileiro. Os grandes autores do gênero foram, além de Ary Barroso, os compositores e letristas Vicente Paiva, Alcyr Pires Vermelho, Chianca Garcia, Luís Peixoto e David Nasser, entre outros.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Lopes, Nei. Sambeabá – O samba não se aprende na escola. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2003.
Grito Portelense
(Sandro Siano)
Os refletores da avenida se acenderam
Quando ouviram o ecoar do som.
Era a batida de um surdo com pandeiro
E havia uma cuíca na marcação.
Mais tarde chegou uma voz dizendo:
Eu trouxe as pastorinhas e os pastores
Para mostrar o que estamos fazendo.
Não resistindo a platéia levantou,
E um grito forte da garganta então soltou:
É a Portela, com seu azul e branco,
Veio coberta com seu manto
Representar o carnaval
Coração em Verde e Branco
(Selito SD)
Seu verde e branco tingiu o meu coração
Que inflou-se tanto que quase me estoura o peito.
Um forte tranco que fêz me pegar de jeito
E aos quatro cantos propagar com devoção
Seu grito, canto de fé, sua tradição
Batuque banto com o qual danço e me deleito
Seus lindos manto e pavilhão impõem respeito
E que orgulho é ver a sua evolução!
Estes meus versos seus lhe exaltam a história
Que forjada na luta intensa e profunda
É sim, a marca dos que não vivem de brisa
E a sua velha guarda lhe guarda a memória
E vai cantando em glórias a barra funda
E é só por isso que eu visto essa camisa...
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